sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Fotos






Semana Cultural

No dia 14 de outubro de 2010 aconteceu a atividade "UESCIII por 1 dia". Integrando a Semana Cultural da Unidade Escolar São Cristóvão III, a atividade contou com a participação de 48 alunos do 9o ano da UESCII, 3 alunos da 1a série, 5 alunos da 3a série do EM Integrado de Informática (Geane, Pedro Xavier, Pedro Campelo, Quézia e Thaís - In311) e 5 alunos também da 3a série do EM Integrado de Meio Ambiente (Daniel, Tainá, Ana Clara, Filipe e Lívia  - MA315). Após um breve tour guiado pelos alunos da 1a série, os alunos do 9o ano se reuniram na Mediateca de Inglês para assistir à palestra do professor Sandro Fernandes (Física). Os alunos do EM Integrado falaram (brilhantemente) sobre seus cursos, esclarecendo as dúvidas do 9o ano - que eram várias, o que mostra o interesse pelos cursos integrados. O professor Manoel Aurino (Química) também ofereceu uma palestra, na qual esclareceu as dúvidas sobre uso do laboratório,  EMI Meio Ambiente e Olimpíada de Química. Finalizando a atividades, Pedro (1105), Amanda (1105) e Gabriela (1107) falaram sobre a experiência de estar no EM, as principais dificuldades que enfrentaram e responderam a perguntas dos alunos do 9o ano. Agradecemos a todo(a)s pela colaboração!
Coordenação de 9o ano (prof Daniel - UESCII), Coordenação de 1a série (Profs Luciana e Sandro- UESCIII)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

INTERNET: MOCINHA OU VILÃ?


INTERNET: MOCINHA OU VILÃ?

            Um dos assuntos que mais são discutidos nos dias de hoje é a Internet e suas consequências em nossa sociedade. Dentre tantos questionamentos, o objetivo é chegar a uma conclusão que seja unânime entre nós, o que parece impossível. Mas, afinal, a Internet é boa ou ruim?
            Em nossa sociedade podemos notar que, a cada dia, o número de pessoas que se prendem ao “mundo virtual” aumenta significativamente, em todas as faixas etárias. Este crescimento ocorre desde às pessoas que se viciam em site pornográficos, de jogos, nos famosos sites de relacionamentos, até aos que estão ganhando destaque, como os blogs (algo parecido com uma agenda, mas virtual).
            Um meio que pode nos mostrar com clareza essa febre entre as pessoas é a realização de pesquisas, feitas por instituições que, frequentemente, divulgam os resultados para os jornais e revistas. Até mesmo pessoas próximas de nós podem ser citadas como exemplo, porque isso não se restringe apenas aos outros, podendo também acontecer em nosso dia-a-dia.
            Porém, mesmo dando ênfase maior aos malefícios que tem a Internet, as pesquisas e a mídia também mostram pessoas que conseguem extrair coisas boas dela, como, por exemplo, conhecimento e a possibilidade de nos comunicarmos com nossos amigos, parentes e estabelecermos novas relações sociais.
            Não se pode concluir que a Internet é benéfica ou maléfica, pois temos diferentes casos que demonstram seus prós e contras. O “mundo virtual” de fulano é o mesmo que o de beltrano e, portanto, o que vai tornar a Internet boa ou ruim é a pessoa, ou seja, o modo como ela a utilizará.

Andreza Paes Pereira
Turma: 2106

FOTOGRAFIA


FOTOGRAFIA
            
           Aquele era um dia perfeito. Perfeito para um passeio de bicicleta. Perfeito para risadas na varanda. Perfeito para fotografias, para revelações no quarto escuro. Mas só poderia ser tão perfeito se ele estivesse ali.
            O chalé de pedras parecia silencioso, como se estivesse parado no tempo. O barulho do choro subia pela escada até o último quarto de porta branca. Ela estava apoiada na janela, observando sua respiração embaçar o vidro.
            Os dedos finos seguravam o porta-retrato. Os sorrisos congelados, lembranças de um tempo que não voltaria. Os cacos de vidro espalharam-se pelo chão quando a moldura azul chocou-se com a parede.
            Ele não podia ter feito aquilo com ela. Ele a abraçara, a ensinara a sorrir, mostrara-lhe a paixão pelas lentes. Ele a fizera feliz, ele a amara.
            E agora ele fora embora, deixando apenas um lugar em branco na fotografia.

Beatriz Alves
Turma 2106

PRAZER EM PRIMEIRO LUGAR: CONSEQUÊNCIAS DA SOCIEDADE HEDONISTA E NARCISISTA


PRAZER EM PRIMEIRO LUGAR: CONSEQUÊNCIAS DA SOCIEDADE HEDONISTA E NARCISISTA

            Nossa sociedade está se tornando cada vez mais hedonista, no sentido de que as pessoas “dão” cada vez menos e querem receber cada vez mais. Se refletirmos um pouco sobre a questão de fato percebemos que o hedonismo está presente em todos os meios.
            Algumas leituras sobre o narcisismo na sociedade atual, inclusive no livro de Lash (1983) ele traça o perfil do homem narcisista como alguém que não acredita no futuro, usa do individualismo competitivo, ansioso, entediado e cínico. Percebemos no Narcisismo o funcionamento psicológico de pessoas que lutam por padrões de corpos que a mídia estipula, o que é tão idealizado por nossa cultura. De fato, o hedonismo e o narcisismo se entrelaçam porque, na expectativa de atingir resultados bastante satisfatórios em certo prazo e sem necessidade de investir muito tempo e esforço físico na modelação, jovens e adultos se submetem a demoradas e dolorosas cirurgias estéticas para “correr atrás” dessa meta que, muitas vezes, acaba com sua vida.
            O que encontramos em muitos adolescentes e jovens hoje em dia é resultado de muitas variáveis, mas principalmente dos exemplos que vivem e viram de casa. Alguns dirão “Mas educação e princípios se aprendem em casa”, mas o problema não está só no ensino (ou mau ensino) dos pais, a sociedade tem grande parte de culpa. Por exemplo, na escola um aluno foi chamado à atenção pelo professor, por seu comportamento agressivo com outro aluno. Sabendo disso, os pais do aluno agressivo foram tirar satisfação, dizendo que o filho tinha o direito de se expressar, pois está em um país livre. A escola, por sua vez, provavelmente com receio de perder o aluno lucrativo, deixou por isso mesmo. Que conduta está sendo transmitida a esse jovem? Onde está o direito do outro? As pessoas querem ser respeitadas e respeitam cada vez menos.
            Todos os dias vemos estampadas nas manchetes de jornais (para os jovens que lêem ou ouvem nos noticiários televisivos e provavelmente em discussões de grupo sobre impunidade) sobre o quanto o respeito ao próximo é sugerido, sobre o quanto é mais importante TER do que SER. Vivencia-se uma distorção de vínculos afetivos, a falta de limites em casa, a falta de bons parâmetros. Ouve-se e vive-se a falta de perspectiva ou de sentido no trabalho, na educação, na vida. Tudo isso só faz pensar que esse caminho é o que não se sabe nada de amanhã, tenha prazer hoje, agora! Para que eu vou estudar se não trabalho para todo mundo mesmo? Para que vou me crucificar se posso sofrer amanhã? Para que dou o melhor de mim num trabalho, se posso ser mandado embora? Por que não ser hedonista?
            Porque cada um de nós pode fazer a diferença, se cada um der o seu melhor sem esperar nada em troca, ser jovem não é só ter prazer (nem ser privado disso), é pensar também na contribuição para um mundo melhor, é preciso e é possível mudar. Dá trabalho educar, toma tempo, exige que seja repetida centena de vezes, exige atenção e envolvimento, exige sair da zona de conforto. Mas será que vale a pena? Para que isso aconteça, o Princípio hedonista não funciona, porque nele tudo é imediato, e sobre o que falamos necessita de tempo, carinho, fé, só assim passamos para os jovens que podemos ter uma sociedade melhor em algum tempo.

Camila
Turma: 1109

NOITE

NOITE

      Ao cair da noite, vários sonhos se acendem e esperanças se renovam, desejos são realizados e a felicidade colore o céu. O brilho das estrelas fascina os olhares curiosos e surpreende seus observadores. Como pode um corpo tão pequeno, ao nosso ver, representar tanto?
      Contudo, não é possível atribuir o papel principal a essas meras coadjuvantes. O trono pertence à rainha Lua, a qual ilumina nossa vida noturna de uma forma elegante, formosa e inspiradora, permanecendo no céu feito um pingente iluminado, estando sempre presente, exceto se pedaços de algodão venham e a cubram.
       Quem seriam esses outros participantes tão ousados que atrapalham a magnífica atuação de sua majestade? Uma outra peça do espetáculo, chamada nuvem. As nuivens, por sua vez, podem estar presentes a qualquer momento, na claridade ou na escuridão. Quando ao lado do Sol, podem assumir diferentes formas, estimulando a imaginação de seus observadores.
       Entretanto o show tem que acabar e uma determinada hora, mas não há motivo para se preocupar, é apenas uma pausa. Ao entardecer e escurecer do dia tudo se repete, podendo contar ou não com novos astros nessa infinita apresentação.

Jéssica Guerini
Turma 2106

Dias de terror


Dias de terror

      O brilho no céu não era um bom sinal, mais uma família estava morta. Eram horríveis os gritos de toda aquela gente. Havia fusíveis nas mãos das crianças, mulheres eram mortas e estupradas.
      Era difícil não olhar em seus olhos. Nele não havia mais orgulho, somente a tristeza. Soldados de um mundo que mata seus próprios anjos. Risos irônicos, o cheiro da dor está no ar. Um homem chorando clama por liberdade... Outro corpo!
      Uma criança em seu extremo medo estende a mão. Eu a ajudei, não pude ficar parada. Andamos entre os corpos, eram muitos. Entre eles encontro Pietro, meu irmãozinho, e a maior angústia que já senti tocou meu coração. Derramei milhares de lágrimas.
       Foi muito doloroso, e então estava tudo acabado. Erguemos nossas cabeças, recuperamos muitas vidas, nossa dor foi mútua. E a eles não desejamos o mal, mas sim que o bem toque suas pobres almas.

Martha Tudrej Sattler Ribeiro
Turma: 2106

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Os limites do narcisismo e do hedonismo entre os jovens na conteporaneidade.

Os limites do narcisismo e do hedonismo entre os jovens na conteporaneidade.

   Presente muito frequentemente na adolescência, a paixão por si próprio e o culto excessivo à beleza, denominado narcisismo, assim como o hedonismo, que torna o prazer o bem supremo da vida, são assuntos muito estudados desde a antiguidade por filósofos e psiquiatras que buscam uma explicação coerente para tal compotamento.
   É normal que os jovens queiram ficar cada vez mais belos e na moda, porém a adoração à imagem se torna um problema quando afeta os limites dos outros indivíduos, tornando a pessoa egoísta e com o sentimento de superioridade, ou até mesmo interfere nas atividades pessoais do indivíduo, fazendo com que ele se preocupe somente com a sua imagem e com a opinião alheia sobre si mesmo.
   Já o hedonismo torna as pessoas “cegas” àquilo que lhes dá grande prazer e satisfação, pensando somente em si próprios e esquecendo o convívio em sociedade. O hedonismo pode também afetar as atividades cotidianas, fazendo com que o indivíduo tenha uma busca incessante por algo que lhe dê prazer.
   O conceito de prazer é algo muito pessoal, de acordo com o filósofo Kant, os sentimentos de prazer e desprazer estão ligados às sensações estéticas e pertencem ao sujeito,  são estes sentimentos subjetivos, não lógicos que emitem o conceito de belo, são eles que formam o juízo do gosto. A percepção de um objeto ou fenômeno que instiga a sensação de prazer provoca gozo e a essas sensações damos os nomes de belo, bonito e beleza.
   Devemos usufruir o belo e aquilo que nos dá prazer com limites, pois o excesso ou até mesmo a falta pode nos fazer mal  afetar o convívio em sociedade.


Aluna: Renata Guterres Vianna
Turma: 1111

Narcisismo e hedonismo: até que ponto?


Narcisismo e hedonismo: até que ponto?

Estética: termo criado por Baumgarten no século XVIII para designar “a ciência do belo” e muito comum nos dias de hoje, principalmente entre a juventude. Cada vez mais utilizado, esse termo nos faz recorrer à lembrança do narcisismo; da paixão por si mesmo. E conforme nos preocupamos com a aparência e com o que pensa a sociedade, nos satisfazemos ao imaginarmo-nos nos padrões por ela propostos, deixando de pensar pela consciência individual para pensar no “eu”. Somos, assim, impulsionados a seguir a sociedade, sendo essa a coerção social.Mas será que o narcisismo é algo saudável? Será que devemos colocar nosso prazer acima de todas as coisas?
Freud acreditava que algum nível de narcisismo constitui uma parte de todos desde o nascimento. É o narcisismo que ele definiu por secundário em sua psicanálise, em que o bebê identifica suas necessidades e quem pode satisfazê-las, concentrando-se em um objeto suas pulsões parciais, geralmente na mãe. É normal vermos em um jovem uma certa forma de narcisismo, não havendo nada de grave nisso. É simplesmente uma etapa no desenvolvimento da personalidade, uma preparação para a vida adulta. No entanto, se o comportamento narcisístico não desaparece e, pelo contrário, se exaspera, devemos ter cuidado. Em psicologia e psiquiatria, o narcisismo muito excessivo é o que dificulta o indivíduo a ter uma vida satisfatória. Podemos ter um exemplo claro desse problema no romance de Oscar Wilde. “O retrato de Dorian Gray”. Dorian era um rapaz muito bonito e podemos ler nas páginas finais do livro que “Ele passa a ser uma espécie de discípulo de Lorde Henry, com suas ideias sobre a beleza eterna, sobre o hedonismo, com seus aforismos sobre todos os assuntos mundanos (e que agradavam tanto ao próprio Oscar Wilde). Dorian vai aos poucos entrando nesse fluxo de ideias, abandonando toda e qualquer paixão real que não seja pela beleza eterna”.
Dorian passa a ser hedonista a partir do momento em que conhece sua própria beleza, levando-o a uma vida imoral. Esse desvio de conduta é algo típico na contemporaneidade. Diversos jovens são levados pelo narcisismo e pelo hedonismo a buscar somente os prazeres, ações que trazem felicidade momentânea.
Jovens que buscam satisfazerem-se nas relações amorosas, em práticas não aceitas pela sociedade e buscando ser diferentes dos padrões estabelecidos por esta são exemplos básicos de hedonistas e narcisistas sem limites.
Portanto, devemos ter cuidado para que o narcisismo existente em nós não chegue a pontos extremos, tendo sempre em vista a consciência individual e coletiva, como muito bem falaram os sociólogos Karl Marx e Émille Durkheim, cujas ideias eram opostas, mas se complementaram honestamente.

Aluna: Geórgia Barbosa Bernardino
Turma: 1111