terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dias de terror


Dias de terror

      O brilho no céu não era um bom sinal, mais uma família estava morta. Eram horríveis os gritos de toda aquela gente. Havia fusíveis nas mãos das crianças, mulheres eram mortas e estupradas.
      Era difícil não olhar em seus olhos. Nele não havia mais orgulho, somente a tristeza. Soldados de um mundo que mata seus próprios anjos. Risos irônicos, o cheiro da dor está no ar. Um homem chorando clama por liberdade... Outro corpo!
      Uma criança em seu extremo medo estende a mão. Eu a ajudei, não pude ficar parada. Andamos entre os corpos, eram muitos. Entre eles encontro Pietro, meu irmãozinho, e a maior angústia que já senti tocou meu coração. Derramei milhares de lágrimas.
       Foi muito doloroso, e então estava tudo acabado. Erguemos nossas cabeças, recuperamos muitas vidas, nossa dor foi mútua. E a eles não desejamos o mal, mas sim que o bem toque suas pobres almas.

Martha Tudrej Sattler Ribeiro
Turma: 2106

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